As eleições para a Federação de Viseu do Partido Socialista devem realizar-se nos primiros dias de março de 2016, antes do Congresso do Partido marcado para dia 19.
António Borges é o “candidato natural” para manter o lugar que já ocupa, mas por enquanto o socialista diz ainda não ter nenhuma decisão tomada. “Só a partir do momento é que há uma agenda com datas, é que se fará uma avaliação do atual mandato e a partir daí é que decidirei”, disse António Borges.
A decisão não deverá levar muito tempo a ser tomada, tendo em conta que na semana passada já houve uma reunião com a secretária-geral adjunta do Partido Socialista para afinar datas.
No PS distrital, é unânime que António Borges deverá ser o único candidato, embora o apoio, esse, não seja unânime. “Mas haver outra candidatura, isso não deverá acontecer”, afirmou fonte partidária. Tanto Acácio Pinto como José Junqueiro são nomes, para já, excluídos. O ex-deputado e agora professor na Escola do Sátão, Acácio Pinto, disse mesmo “estar muito transquilo” onde está. João Paulo Rebelo, que está agora na Assembleia da República, confirmou também não ser candidato.
Há, no entanto, quem no PS aponte como única possibilidade de António Borges não se candidatar à liderança da órgão distrital se lhe “for entregue” a presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte(CCDRN). “Essa é uma das ambições de Borges”, garantem fontes socialistas, e pode ser a moeda de troca para que o antigo autarca de Resende não se candidate à Federação socialista, deixando o campo livre para a presidência regressar a um militante da capital de distrito apoiante de António Costa. Por outro lado, essa poderá ser também uma “saída limpa” para António Borges que em Lisboa “já percebeu não ter grande simpatia junto da equipa dirigente mais próxima de António Costa”. Se assim não for dificilmente, Borges deixa a Distrital socialista. “ Ninguém se atreve a concorrer contra ele porque domina de uma forma ‘caciqueira’ as concelhias com mais militantes, Resende e Lamego”, referem antigos dirigentes socialista descontentes com a forma como o PS está a ser governado. Referem igualmente que “quem entregou a distrital ao Borges tem agora também a responsabilidade de promover a mudança, mas isso são outras contas e é preciso coragem e muito trabalho”, concluem.
