Ponte da Ermida

Decorrerão amanhã dez anos em que foi inaugurada a ponte da Ermida. Foi uma obra sonhada e muito desejada ao longo de gerações. Pelos obstáculos vencidos, foi uma obra suada. Hoje, lá está, no lugar sonhado, elegante, airosa, funcional, com 340 metros de comprimento, 12 metros de largura e cerca de 80 metros de altura, acima das águas do rio Douro.

Foi uma causa abraçada pelo anterior presidente da Câmara, Dr. Albino Brito de Matos, que nunca desistiu apesar das aprovações e reprovações, faltas de solidariedade, promessas e ziguezagues de vários governos, vários ministros, da J.A.E. e de alguns políticos. Comprovada a falta de vontade do governo e entidades estatais em fazer a obra, chegou à conclusão que só era possível concretizá-la através da comparticipação dos Fundos Comunitários do Programa Pronorte. Para isso, tornou-se necessário fazer muitas diligências para que os presidentes dos Municípios da região aceitassem essa solução, já que tinham de prescindir do financiamento desses Fundos Comunitários para as suas autarquias. As resistências foram muitas, mas a persistência venceu.
A ponte ficou em cerca de três milhões de contos, tendo tido a comparticipação em 75% dos Fundos Comunitários. Os restantes 25% foram assumidos pelas Câmaras de Resende e Baião, embora não irmãmente.
O dia da inauguração, que contou com a presença do Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, foi um dia merecido de festa, que durou até às tantas da noite do dia 5. Foram consumidos 15 suínos e três vitelos.
Pelo que a ponte representa para Resende, este 10.º aniversário deveria ser condigna e merecidamente assinalado e celebrado.
Pela sua persistência e denodo nesta obra, o Dr. Albino Brito de Matos merece uma palavra de reconhecimento.