Médicos, juízes, advogados, "fidalgos" e endinheirados tinham direito ao tratamento de Excelência há algumas décadas atrás. Lembro-me que em criança, ao cruzar com um cidadão desta estirpe, o cumprimento desenrolava-se assim mecanicamente: Vossa Excelência passou bem? Após ouvir uns murmúrios do interlocutor, terminava: Bem. Obrigado. Só mais tarde entendi que o diálogo se processava desta forma: Vossa Excelência passou bem? /Bem. E você como passou?/Bem. Obrigado. Como se depreende, esta categoria de pessoas "exigia" sempre que se passasse bem.
O mesmo não sucedia com os cumprimentos entre pessoas "vulgares". Ao bom dia, à boa tarde e à boa noite e ao como vai?, as respostas mais comuns eram: Cá se vai andando com a graça de Deus ou Cá me vou arrastando como Deus quer. Actualmente, a alusão a Deus é menor, sendo as respostas mais difusas: mais ou menos ou vai-se indo.
O mesmo não sucedia com os cumprimentos entre pessoas "vulgares". Ao bom dia, à boa tarde e à boa noite e ao como vai?, as respostas mais comuns eram: Cá se vai andando com a graça de Deus ou Cá me vou arrastando como Deus quer. Actualmente, a alusão a Deus é menor, sendo as respostas mais difusas: mais ou menos ou vai-se indo.
